Valorizar talentos internos: a coragem estratégica de promover quem é da casa
- Maucir Nascimento
- Jul 18
- 5 min read

Você já viu esse filme:
Tem Profissional experiente dentro de casa, um dos muitos talentos internos que conhece o cliente, domina o processo, entrega resultado...Mas na hora da promoção, trazem alguém de fora com "experiência internacional".
É o velho hábito de valorizar o que vem de longe, mesmo que o melhor talento esteja a três mesas de distância.
Bora falar de gestão e cultivo de talentos?
O Mundial de Clubes acabou. O palco era do Chelsea. Mas o personagem… foi Renato Gaúcho.
Mesmo perdendo a semifinal, o técnico do Fluminense foi quem mais chamou atenção, entre todos os super hiper badalados personagens do evento. Não só pela coletiva afiada ou pelo jeito desbocado que a gente já conhece.
Mas por levantar uma verdade incômoda: “Se eu fosse estrangeiro, estaria sendo cotado para a Seleção. Mas como sou brasileiro… nem lembram.”
E se você acha que isso é só coisa do futebol, está enganado.
No mercado, acontece a mesma coisa.Gente da casa sendo ignorada.Talento interno sendo deixado de lado.Empresas gastando rios de dinheiro com contratação, enquanto ignoram quem já conhece o jogo.
Nesta edição, em 6 minutos, você vai descobrir:
🔹 Por que empresas ainda preferem “importar” talento ao invés de desenvolver quem já entrega
🔹 Dados que mostram o custo real de ignorar a prata da casa
🔹 Como autenticidade virou diferencial estratégico em vendas B2B e gestão
🔹 O que o Renato Gaúcho pode ensinar para quem lidera times no mundo real
A metáfora serve: quem promove quem está do lado?
A metáfora serve: quem promove quem está do lado?
Toda empresa diz que valoriza a equipe. Mas, na prática, o que a gente vê?
Na hora de escolher quem vai liderar um projeto, tocar uma nova unidade ou assumir um time, o discurso de “gente é o maior ativo” vai embora rapidinho. E dá lugar a um processo seletivo viciado, onde:
🔹 Puxam alguém de fora com inglês fluente, currículo cheio de siglas e um MBA de grife no LinkedIn
🔹 Ignoram quem já conhece o cliente pelo nome, domina o produto de ponta a ponta e resolve pepino desde o dia 1
🔹 Preferem contratar uma solução “pronta” no mercado a investir no desenvolvimento de quem já entrega resultado dentro de casa
O nome disso não é exigência técnica. É miopia estratégica.
É a falta de uma política real de upskilling, que prepara a base para virar liderança.
Enquanto por aqui a promoção interna ainda é exceção e muitas vezes vista com desconfiança, lá fora a lógica já virou.
O foco é claro: formar talentos em vez de importar soluções genéricas.
Porque o profissional que já conhece o negócio, a cultura, os clientes e os desafios reais do dia a dia… não precisa de ambientação. Só precisa de oportunidade.
No Brasil, a prática de promover “pratas da casa” ainda enfrenta preconceito velado. Muitos gestores ainda acreditam que valor vem de fora, e ignoram o potencial que já está no crachá do lado.
E isso, além de um erro de gestão, é uma perda de vantagem competitiva.
Empresas que dominam o jogo da formação interna constroem times mais leais, mais alinhados e muito mais preparados pra crescer com consistência.
Porque no fim das contas, o talento que você não treina… o concorrente agradece.
Contratar de fora custa mais. E entrega menos.
No discurso, contratar alguém do mercado parece mais sofisticado. Mas na prática… é um tiro no pé em muitos casos.
Trazer alguém de fora leva em média 42 dias, entre seleção, entrevistas, onboarding, e rampagem. Isso sem contar os custos invisíveis: curva de aprendizado, adaptação cultural, risco de incompatibilidade e os ajustes de processo que esse novo profissional vai exigir.
Enquanto isso, promover alguém que já está dentro da empresa encurta o caminho, reduz custos e, o mais importante, gera mais resultado.
Ou seja: formar lideranças dentro de casa não é só cultura, é estratégia de crescimento sustentável.
Mas isso exige uma decisão: apostar em quem está do lado com coragem, e não só quando o mercado aperta.
É parar de olhar para o LinkedIn do outro e começar a enxergar o valor de quem já veste a camisa todos os dias.
Talentos internos: pratas da casa desde a pré-venda
Essa semana saiu um podcast que participei, onde falei exatamente da oportunidade que é usar a pré-venda (SDRs/BDRs) pra peneirar oportunidades.
Se você não viu ainda, tá aqui:
IA, Sustentabilidade, Tendências… e o talento está aí
O mundo do trabalho está mudando, e rápido.
Segundo o Future of Jobs Report 2025, as áreas que mais crescem hoje envolvem:
🔹 Inteligência Artificial
🔹 Sustentabilidade
🔹 Dados e Analytics
🔹 Customer Success
Ou seja, áreas ligadas à inovação, à eficiência e à longevidade dos negócios.
Mas apesar da demanda crescente, tem uma trava no meio do caminho: falta gente pronta.
E não é por escassez de talento bruto. É por ausência de visão em quem deveria investir.
Se você não viu o relatório ainda, estou preparando uma série de vídeos no meu Linkedin trazendo insights digeridos de lá. Fica ligado(a) no meu material aí, cabra!
O diagnóstico é claro:
Existe espaço. Existe urgência. Existe talento.Mas falta quem tenha coragem de treinar, promover e lapidar quem já está dentro.
É a síndrome da grama do vizinho:
Ao invés de investir em quem já conhece a cultura, o cliente e o processo, empresas seguem buscando o “perfil ideal” num mercado saturado, e caro.
Enquanto isso, os profissionais que poderiam se tornar a próxima liderança… seguem estacionados, esperando uma chance que nunca vem.
Essa lacuna não é de competência. É de visão.E cada dia que ela persiste, o negócio perde velocidade.
Autenticidade também é estratégia
Renato pode ser falastrão. Mas fala o que pensa, banca sua visão e entrega resultado (olha até onde o Fluminense chegou).Não é à toa que virou o grande personagem do torneio, mesmo sem levantar o troféu.
Na gestão e nas vendas, a lógica é parecida: quem é autêntico incomoda… mas também inspira.
Pessoas que têm coragem de mostrar o que acreditam, defender o time e remar contra a maré criam mais do que bons resultados: criam times leais, culturas fortes e empresas com identidade.
Enquanto isso, tem muito gestor que continua preso no “discurso de manual”, aquele que é polido, previsível e… esquecível.
Falta coragem pra assumir uma visão.Pra falar a real.Pra errar tentando acertar.
E no fim, quem se omite pra agradar a todos, raramente mobiliza alguém.
Autenticidade pode parecer arriscada.
Mas no longo prazo, é ela que gera conexão verdadeira, com a equipe, com o cliente e com o mercado.
Conclusão sem Blah Blah Blah
A coragem de ser autêntico e de valorizar o que é da casa não é discurso de motivação. É estratégia de longo prazo.
Renato não ganhou a taça, mas ganhou o respeito.
Porque a autenticidade, quando tem lastro, convence.E nas empresas, os melhores resultados não vêm de contratações mágicas.Vêm de quem entende o valor de lapidar quem já joga em casa.
Se você quer construir uma liderança mais sólida, formar um time que entrega com consistência e parar de depender de apostas externas, manda um e-mail ou whatsapp pra gente, a Mentoria MAX Performance pode ser o próximo passo certo pro seu negócio.
Essa mentoria é completamente focada em desenvolver gestores de alta performance que constroem máquinas de vendas que tem previsibilidade.
Bora?